ISSN: 2695-2785

Volume 1, No 2 (), pp. -

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Luis Torres Pérez, Mónica Rodríguez Bouza, Ana María Leal Valle, Jesús Bujalance Hoyos and Cipriano Viñas Vera

Gestão nas Urgências: Introdução

Abstract: ResumoNeste artigo é apresentada uma síntese da abordagem imediata do doente pediátrico numa situação de vómitos a partir da abordagem do triângulo de avaliação pediátrica, incluindo a avaliação primária e secundária dos sinais e sintomas para uma adequada gestão da situação. Foi feita uma atualização de artigos de referência relacionados com o tema abordado.

Keywords: Incerteza; Preferência do Paciente; Enfermagem Pediátrica

ABORDAGEM IMEDIATA

Em pediatria, a gestão da incerteza é um desafio para todos os clínicos. Poder discernir entre um processo de baixa complexidade, com uma apresentação mais ou menos complexa, e os que requerem uma revisão por parte de um especialista (ou que apresentam uma ameaça), é um problema muito frequente nos cuidados primários.

O chamado Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAP) procura sistematizar o conceito de “olho clínico”, atribuído ao clínico especialista. É um método de avaliação útil, rápido e simples, que permite identificar o tipo e a gravidade do problema e priorizar o tratamento inicial. (Ver Ilustração 1. Triângulo de Avaliação Pediátrica: TAP) (Tradução Ilustração 1 Triângulo de Avaliação Pediátrica: TAP)

Cataloga formalmente uma impressão geral do estado do doente em consonância com a realidade de que a abordagem das urgências requer uma alteração do foco para se centrar não tanto no que o doente tem, mas sim no que precisa.

Ilustración 1. Triângulo de Avaliação Pediátrica: TAP

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Fonte: Horeczko, Enriquez, McGrath, Gausche-Hill, & Lewis, 2013

Tabela 1. Tradução Ilustração 1 Triângulo de Avaliação Pediátrica: TAP

Espanhol Português
TEP TAP
Apariencia Aparência
Respiración Respiração
Circulación Circulação

Baseia-se na avaliação visual sem recorrer à utilização das mãos bem de nenhum outro elemento. A avaliação da aparência, a análise da respiração e o aspeto da pele como indicadores do estado circulatório formam os três lados do triângulo.

A abordagem nestes boletins centra-se em doentes com situação de estabilidade clínica em que a avaliação primária e secundária permitirão recorrer a uma abordagem terapêutica eficaz e finalista na maior parte dos casos. (Horeczko, Enriquez, McGrath, Gausche-Hill, & Lewis, 2013)

DESENVOLVIMENTO

A aparência avalia o tónus (se se mexe espontaneamente, se oferece resistência ao exame, se está sentado ou de pé, etc.), a interação (se está alerta e é consciente do que o rodeia), o consolo, o olhar (se há contacto visual, se há seguimento visual) e o discurso (choro forte, palavras inapropriadas, etc.).

A análise do esforço respiratório consiste na observação da posição adotada (em posição de “tripé”, não tolerando o decúbito, etc.), a presença de tiragem, adejo nasal ou balanceio da cabeça, assim como a constatação de ruídos respiratórios anómalos (gemido, sibilâncias, voz nasal) audíveis sem que seja necessária a auscultação com o estetoscópio.

O estado circulatório é avaliado por meio do aspeto da pele: existe palidez?, está cianótico?, apresenta cútis marmoreada?

Proporcionam uma referência a nível do débito cardíaco e da perfusão orgânica (Carles Luaces Cubells, Montse Delgado Maireles, Yolanda Fernández Santervás, 2015) (Cázares-Ramírez & Acosta-Bastidas, 2014)

ORIENTAÇÃO CLÍNICA: RESUMO

(Ver Tabela 2. Orientação de acordo com o TAP)

Tabela 2. Orientação de acordo com o TAP

Aparência Respiração Circulação Orientação Clínica
N N N Estável
A N N Disfunção do SNC
N A N Dificuldade respiratória
A A N Falência respiratória
N N A Choque compensado
A N A Choque descompensado
A A A Falência cardiopulmonar

* (N: Normal; A: Alterado)

Fonte: Carles Luaces Cubells, Montse Delgado Maireles, Yolanda Fernández Santervás, 2015

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA

A avaliação pediátrica primária utiliza o modelo de ABCDE para a avaliação e a gestão.

É uma avaliação prática da função respiratória, cardíaca e neurológica que inclui a avaliação dos sinais vitais e a determinação da saturação de oxigénio (Cázares-Ramírez & Acosta-Bastidas, 2014)

Esta parte da avaliação primária inclui (Ver Tabela 3. Resumo de abordagem):

  • Avaliação ABCDE:

    • Intervenção/atuação: início de tratamentos

    • iniciais em cada um dos seus elementos.

    • Identificação de problemas ameaçadores: categorização

Nela, alia-se a observação ao exame minucioso (o uso das mãos para além da vista).

  • A avaliação secundária centra-se numa abordagem mais pausada na qual se obtém informação de fontes secundárias e se recapitula o efetuado anteriormente. Um acrónimo permite-nos realizá-la de forma ordenada (SAMPLE) (Storch de Gracia Calvo P, 2015):

S: sinais e sintomas.

A: alergias.

M: medicamentos.

P: problemas médicos prévios.

L: última comida ou bebida (last intake).

E: circunstâncias (events) que provocaram as lesões. Deve incluir o mecanismo da lesão, a hora da ocorrência e o que aconteceu até ser atendido.

Isto abre o caminho para um exame completo e para uma avaliação da situação do doente e da necessidade de transferência ou abordagem a outro nível.

Tabela 3. Resumo de abordagem

Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAP)
  • Dificuldade respiratória

  • Circulatório: cor da pele

  • Estado neurológico: aparência/comportamento

Avaliação primária: ABCDE
  • A: abertura da via aérea e estabilização cervical

  • B: ventilação e oxigenação

  • C: circulação e controlo de hemorragias

  • D: disfunção neurológica

  • E: exposição

Avaliação secundária
  • SAMPLE

  • Exame físico completo

  • Exames complementares

Categorização e transporte
  • Índice de trauma pediátrico (ITP)

  • Transferência e movimentação

Fonte: Storch de Gracia Calvo P, 2015

Acknowledgment

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